29 junho 2010

O "irmão" do meu poster



Eu explico essa história de irmão:

Fui conhecer o atelier da artista plástica Cláudia Sperb, Caminho das Serpentes, localizado nos altos do Morro Reuter, e me surpreendi com a beleza do lugar. Além do atelier da artista, há uma biblioteca, uma galeria, uma casa e uma pousada.
E, para a minha surpresa e alegria, em um dos quartos da pousada, pendurado na parede, e ao lado do poster que tenho aqui em casa(e que está aqui no blog, na lateral), o "irmãozinho" dele.
Tenho este poster há mais de 20 anos e nunca me desfiz dele. Está um tanto quanto estragado e arranhado, mas adoro ve-lo. É algo que me encanta.
Achar o seu próximo é tal e qual como descobrir que não se está só nesse mundo, como se pensava. Há mais alguém aqui, temos comapanhia, nem tudo está perdido.

Posso gritar e alguém irá ouvir.

de repente

Então, de repente, ela achou que ela ficara muito chata.

Ela tinha, de repente, perdido totalmente a graça.
De repente ela era tudo que ela queria mais era ficar longe.

De repente, ela se repetia, a novidade ficara para trás.

De repente, a paranóia.
De repente, a noção.

De repente, a ficha fez plim. Óh, e que baita ficha!!

primeiro gato de junho

"Gato Frio verde-rosado"
a/s/t 20x20cm - junho/2010

Taí, ó. Saiu. Nasceu. O parto foi fácil, escorregou que foi uma beleza! Miauuuuuuuuuuuuuuuu!!!

Vazios

Leio uma cronica de Lispector falando do ovo. Páginas falando de um ovo. O que falar sobre o ovo?

Pois ela consegue. Falar do óbvio, quero dizer. Deus, quer me torturar? Peça para eu falar do óbvio.

O óbvio é chato. É repetitivo. É vazio, nada acrescenta. Mas, mesmo assim, é fácil se perder no óbvio.

Quem nunca quis o óbvio, se perde nele por não se achar nele.