20 setembro 2006

Tempus fuggit...ma non troppo

- O tempo está passando...
- É...tempus fuggit.
- Chegou a alguma conclusão?
- Não, ainda não.
- Nem eu.
- O que mais podemos fazer?
- Sei lá...mas nem fizemos nada ainda!
- É mesmo.
- Que coisa!
- É...


tic-tac-tic-tac-tic-tac-tic...tac...tic.......tac......t

- O relógio quebrou?
- Não...eu acho que precisamos dar corda.
- Dar corda? O seu não é à pilha?
- Não. Relógios à pilha não fazem tic-tac.
- Não? Nunca notei isso...é mesmo?


- Minha mãe tem um relógio-cuco, daqueles de madeira, com a cabeça de um veado em cima.
- Não é um alce?
- E veado e alce não são a mesma coisa?
- Não...veado é veado...alce é alce...
- Hum. Prá mim dá no mesmo.

- Alce é aquele que tem aquela galhada toda grudada, parece um leque.
- E o veado?

- E o que é que tem o cuco da tua mãe?
- Olha como fala...respeito!
- Tá bom. O que é que o cuco da tua mãe faz?
- Piorou!


- Putz! Tudo tem duplo sentido para você?
- É a minha cabeça é que não presta.
- Você pensa demais! E ainda pensa mal.
- É...eu queria ter nascido mais burra(sic).
- Hehehe...deve ser por isso que você pintou o cabelo dessa cor...
- Você gostou?
- Não sei...não me acostumei ainda. Too many lights.
- Eu acho que você não gostou, mas não quer dizer.
- Eu já te disse que não sei.
- Tá bom. Não vai durar muito tempo, mesmo...


- E o cuco?
- Era assim: de quinze em quinze minutos ele fazia um "cuco". Quando dava a hora cheia, cucava tantos "cucos" quanto precisasse.
- Cucava? Hum.
- Entendeu? Dois cucos, duas horas. Tres cucos, tres horas...
- Doze cucos, doze horas...
- Você entendeu.
- É, entendi. Mas não é sempre assim, tão fácil...

- O quê não é fácil? Relógios-cucos?
- Não. Entender você não é fácil.
- Ninguém me entende...

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