03 junho 2007

Piratiando o que há de melhor



Me entendam: filmes deveriam ser feitos para que?


Na minha nem tão modesta, mas sincera, opinião, para divertir quem os assiste, ou, dependendo da trama ou enredo ou forma, mostrar novas possibilidades, novas formas de visualizar e meditar sobre determinados assuntos, sejam eles banais - do nosso dia-a-dia -, de casos e descasos familiares, de acontecimentos importantes da história mundial, de fábulas, de estórias íntimamente ligadas à nossa psique, de parábolas, de contos de fadas e por aí vai.


Gosto de sair do cinema satisfeita - ou até maravilhada - com o que vi e ouvi. Quem não? E foi assim que saí, agora há pouco, do cinema, ao final de "Piratas do Caribe III: O Fim do Mundo".

Por três horas fiquei ligadona no telão, na busca insaciável de perder nenhum detalhe deste filmão. Divertidíssimo, cruel, violento, dinâmico, ágil. Uma "coisa" de encher a cabeça com a maravilha da estória em si, de seus personagens fantásticos e de suas tantas - na falta de uma expressão mais condizente - nuances estéticas. Fiquei sem ar. A pipoca foi pouca, como se quisesse colocar aquilo que via prá dentro de mim, falo de "comer o filme", como se assim pudesse ser.


É vero: tem filmes que gostaria de comer. Ou melhor, neste caso específico, fazer o download direto para o cérebro, pois do cérebro não sairia, já que a "comida", depois de processada, deixa um resíduo que vai-se embora do corpo...direto para o esgoto. E desse filme não há nada que deva ser eliminado, tudo é cuidadosamente e meticulosamente - apesar da agilidade das cenas e dos diálogos - substancial, pura vitamina. Oxigênio em doses maciças e generosas. Revigoração e reanimação garantidas.


Vão ver o filme. Mas no cinema, viram? Nada de telinha, pois as cenas de mar, de navios piratas, de por-de-sol às avessas, de figuras aquáticas mitológicas, de praias paradisíacas, de beijos calientes em plena tempestade merecem, sem dúvida alguma, um telão e um surround. Isso sem falar no casting, que até me privo de comentar, pois não quero aqui falar do óbvio.


Ah, e comprem aquele saco de pipocas bem grandão. O médio é pouco...muito pouco.

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