30 junho 2007

sutil como uma fragância

Assisto a um filme, a partir de um momento qualquer. Perco o início, mas me interesso pelos personagens e pelos atores, Juliette Binoche e Jean Reno. É francês. O título, traduzido, é "Fuso Horário do Amor". Não sei o título em francês, mas acho que não pode ser tão ruim quanto a tradução em português. Por sorte o filme não é dublado. Adoro a voz do Jean Reno.

E a primeira cena que assisto desse filme - já em andamento, repito -, é o casal entrando em um quarto de hotel, com duas camas de casal. Ele pergunta à ela em qual das camas ela quer dormir e ela responde que pode ser em qualquer uma, sentando-se logo na que fica perto da porta de entrada do quarto. Ele, de pé, diz que prefere a que está perto da porta, e ela, sem pestanejar, muda-se para a cama perto da janela.

Ele, cheio de tiques nervosos, com um spray na mão, "sprayando" o ar do quarto, e se justificando que é alérgico aos cheiros, principalmente o do tabaco "frio". Ela, uma moça toda maquiada e com um casaco de gola peluda azul-escuro, destes compridos, senta-se à beira da cama e ali fica, a olhar-se em um pequeno espelho que tira de uma bolsa plástica transparente. Ele pega em sua mala uma necessaire e dirige-se ao banheiro. Fecha a porta e ali começa a sentir-se mal. Cambaleia, mas antes toma um remédio e deita no chão e - parece-me - demaia.
A mulher, cujo nome é Rose, recosta-se e aguarda seu "companheiro" sair do banheiro. O tempo passa, e nada. Nisso, a campanhianha toca: é a camareira, trazendo toalhas limpas. Ela bate, então, à porta do banheiro e não tem resposta. Abre a porta e vê, sem não antes bater com a mesma porta na cabeça do pobre desmaiado que está deitado ao chão, que acorda assustado e levanta-se rápidamente, e ela a pedir-lhe desculpas, muito preocupada...e depois...
Mas, péraí!
Eu estou descrevendo o filme! Não era exatamente isso que queria fazer, não mesmo!
Mas...o que é mesmo que eu quero fazer?

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