10 junho 2007

toca aí, Miroooooooo!!!!

"Venta,
ali se vê,
aonde o arvoredo inventa um balé...
enquanto invento aqui prá mim
um silêncio sem fim
deixando a rima assim
sem mágoas, sem nada..."

- Miro, você sabe tocar Telhados de Paris, do Nei Lisboa?

Ele sorri, e os olhos dele também sorriem, e faz um sinal com a cabeça dizendo que sabe sim, enquanto canta o último verso daquela do Jota Quest.

"...Só uma janela em cruz,
e uma paisagem tão comum.
Telhados de Paris
em casas velhas, mudas,
em blocos que o engano fez aqui...

Mas tem no outono uma luz
que acaricia essa dureza cor de giz
que mora ao lado, mas parece outro país
que me estranha mas não sabe se é feliz
e não entende quando eu grito:

Eu tenho os olhos doidos, doidos, doidos
doidos, doidos, doidos
são doidos por ti..."

Aí ele faz sinal que não lembra o resto da letra. Nem a gente lembra. Azar. A gente canta os mesmos versos, tudo de novo. E a gente nem sabe se é olhos doidos, ou douros, ou duros...e daí? Nada nos impede de cantar, de cantar e cantar. E a cabeça cheinha de Bells, rodando que nem parafuso. E aquela loura, na outra mesa, vestida com aquele casaco branco com gola peluda, que parecia mais um coelho, devia estar pensando "que doidas mais salientes essas duas aí"...tsc, tsc, tsc. Tadinha da lôra. Entendeu nada, como de praxe. Nei Lisboa é prá quem sabe e curte, mesmo assim, sem saber direito a letra.


"eu tenho os olhos doidos, douros, duros, doidos...já viiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...
meus olhos douros, duros, doidos...são doidos por tiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii..."



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