Quero escrever, só eu sei como.
Mas não sai. Ou melhor, só sai aquilo que está em sacos amarrados e etiquetados como lixo não reciclável, prontos para serem enterrados a zilhões de quilômetros de mim.
Preciso de dedos com vontade própria e um cérebro novo.
Cadê aquela Eu que eu admirava tanto?
29 outubro 2008
14 outubro 2008
nem sei...faxina?
Acho que foi por causa da lua que voltei aqui.
Nem que seja para tirar o pó, dar uma varridinha neste chão de palavras. Há letras que soltam fiapos. Aranhas fazem suas teias entre os parágrafos esquecidos. Os miolos dos "a" e "o" tendem a criar mofo se a palavra que os contem é hermética. E as traças virtuais podem atacar os "m", tão vulneráveis, mesmo com suas tres perninhas.
A lua me lembra algo, ou quer me lembrar de algo.
Devo escovar os cabelos? Deitar-me num edredom esfarrapado sobre o gramado do parque? Ler um livro que fale de loucos, tolos e terras imaginárias? Escutar uma música que fale de espelhos e dúvidas?
A lua tem olhos brancos e pisca para mim.
Amanhã ela não estará mais lá.
Nem que seja para tirar o pó, dar uma varridinha neste chão de palavras. Há letras que soltam fiapos. Aranhas fazem suas teias entre os parágrafos esquecidos. Os miolos dos "a" e "o" tendem a criar mofo se a palavra que os contem é hermética. E as traças virtuais podem atacar os "m", tão vulneráveis, mesmo com suas tres perninhas.
A lua me lembra algo, ou quer me lembrar de algo.
Devo escovar os cabelos? Deitar-me num edredom esfarrapado sobre o gramado do parque? Ler um livro que fale de loucos, tolos e terras imaginárias? Escutar uma música que fale de espelhos e dúvidas?
A lua tem olhos brancos e pisca para mim.
Amanhã ela não estará mais lá.
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