O silêncio, às vezes, me soa como uma bênção. Aquietar-se é morar no último andar de um imenso arranha céu.
Escolho o silêncio para poupar e ser poupada. Escolho o silêncio ao invés de fritas e refrigerante. O silêncio me emagrece por dentro.
Se escolho o silêncio, não quer dizer que não vejo e não ouço, tampouco que não lembro. Minha tv da memória - em mute - me acompanha em todos os momentos do dia.
Se escolho o silêncio, escolho um caminho mais simples. A observação é simples.
Se escolho o silêncio, eu assovio sem culpa.
Se escolho o silêncio eu ainda consigo ser eu mesma.