05 setembro 2006

Vida Simples ou Simples Vida?

Gosto muito da revista Vida Simples. Sempre quando passo por uma banca, procuro por essa. Gosto de bancas, mas não de assinaturas. Assinar só em último caso. Só dá zebra, últimamente. Eu sei, tudo pode melhorar...mas eu gosto de ir à banca e pronto.

Na última - que comprei no supermercado, e não na banca - tem uma reportagem muito boa e interessante sobre A Felicidade. Pode ser um lugar comum, mas, acho super difícil definir esses entes abstratos, como este aí, que é a tal da felicidade. Lembrei das Frenéticas...saudades.

Sou feliz quando pego no pincel - sei, o duplo sentido - para aquarelar ou pintar. Como uma extensão da minha mão, que por sua vez é uma extensão do meu cérebro, que por sua vez registra o que meus olhos vêem...ou não. A regra é clara: o papel branco e a tinta sobre ele. O resto é pura felicidade. Bom, pelo menos para mim.

Sou feliz quando vou prá cama - outro idem, idem - dormir, com um saxofonezinho do Kenny G como fundo musical. En on ou off, eu ou o Kenny G, tiramos proveito do estado horizontal, para recuperar sonhos perdidos e inventar novos, entre tantos e finalmentes. Posso ficar na cama até a hora que quiser, e isso é uma felicidade. Tem gente que acha que não, mas...e daí?

Sou feliz quando risco um fósforo e ele...acende!

Sou feliz quando tem sol lá fora e ouço a gritaria da criançada no recreio do colégio aqui perto.

Sou feliz ao observar, de minha sacada, a beleza que é o jardim da casa vizinha, com o seu Chico, o jardineiro faz-tudo, sempre metido em alguma empreitada para deixar a coisa ainda mais linda para os meu olhos ávidos de belezas naturais. As orquídeas precisam de uma poda para ficarem mais "simétricas"? Lá vai o seu Chico. O piso em volta da piscina está escorregadio, cheio de musgo por causa do "inverno"? Lá vai seu Chico fazer aquele barulhinho com a lava-a-jato. Bom, confesso que nessas horas de barulhinho chato a minha felicidade diminui...

Sou feliz quando recebo mensagens no celular. Aliás, sou feliz - agora - por ter um celular. Antes eu detestava esse aparelhinho delator de esconderijos...e também uma espécie de detector de mentiras, pois não há como escapar dizendo "não, não tem nenhuma ligação sua aqui registrada..." ou "não recebi sua mensagem, acho que o satélite pifou" ou...bem, tem várias dessas aí para serem inventadas ainda - por algum cara-de-pau, é claro...

Sou feliz comigo mesma, rio de mim mesma...e olha que eu já fui uma megera comigo. Eu não me deixava em paz. Mas acho que essa fase passou.

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