24 junho 2007

Tudo errado

Passo sobre a avenida embandeirada,
me alegro por um breve instante
como se bandeirola fosse
de qualquer cor, ao sabor do vento noturno.

Mas logo penso, ao escutar um rojão:
"São milhares delas, presas à cordas,
só balançam ao vento
prá lá e prá cá,
mas nem podem voar."

"Eles são muitos, mas não podem voar."

Aquela letra de música me soa e ressoa.
As cores juntas, misturadas
iludem os passantes, livres, distraídos,
encantados.
Livro-me destes pensamentos
e sigo adiante.

Nada é o que parece
penso o que não devo pensar
hora errada, lugar errado.
Tudo errado.



Nenhum comentário: