09 junho 2008

Ai, Freud!

- Mãe, vem aqui que eu vou te apresentar o Pitanguy e o Tom Jobim!

E lá estava eu, encostada apoiada nos cotovelos no parapeito de uma espécie de ponte de pedra sobre um riachinho numa ilha paradisíaca, olhando para baixo a cena que se desenrolava sob o gramado de um lindo jardim tropical.

Pitanguy ria montado em um lindo cavalo acinzentado de crina branca e longa e Tom Jobim, de chapéu Panamá, camisa e calças de linho cru amarrotadas, se aproxima e passa a mão no seu focinho. Tom Jobim está de costas, não vejo o seu rosto, mas eu sei que é ele que está ali.

O cavalo ficou tão feliz com o carinho, que seu focinho levantou o Tom, virou-o de costas numa cabeçada cavalar e o fez cair estatelado no chão. Tudo isso em camera lenta, com direito a efeitos especiais tipo crina faiscante e reluzente esvoaçante. Ambos riam às gargalhadas do tombo espetacular.

E eu ali, no sonho, observando a cena. E nem sinal da Iris. Mas eu sei que ela estava lá.

Só em sonho, mesmo. Ivo Pitanguy, Tom Jobim e crinas reluzentes. E uma ilha paradisíaca. E minha mãe invisível. Quanta gente notável reunida em um só sonho!

Tentando fazer a relação entre os personagens desse meu devaneio inconsciente em alfa, o que eu poderia pretensiosamete concluir? Bom, resumindo prá não me alongar: Pitanguy é um renomado cirurgião plástico, Tom Jobim é músico brasileiro que fez história na música brasileira - e que já foi desta para uma melhor -, cavalo é um equino (hoje sem o trema em cima do "u" conforme as novas leis de acentuação da língua portuguesa) e mãe é mãe, mesmo que invisível.

E a ponte? E a ilha? E o tombo cavalar espetacular em camera lenta? E as gargalhadas dos notáveis senhores? O que tudo isso pode me sugerir?

Não vou me arriscar. É demais prá mim.

Ai, Freud!

Um comentário:

Anônimo disse...

Dona freud-moça, diga-me, porque será que eu ando a sonhar com o António Fagundes? Isto não será um contra-sonho? Suspeito bem que sim... Bom, antes um Fagundes em sonhos que...etc.

Era confortável,o colo. Estávamos a representar uma peça-consolação. E ele queria que eu soubesse muito bem "episódios bíblicos" (???) E eu não sabia papel nenhum de cor, mas sabia responder-lhe direitinho.

Acordei um pouco baralhada. Mas não muito infeliz...