08 abril 2010

Trova Sem Rosto

Ela diz:

Ai, cefaléia!

Na vaga
(em voga)
a viga mestra rui.

De fato,
de quatro
obra, sim
cobra a-não.

Ora, pois, dirte-ei:
antes de ouvir estrelas
fique na mão.

Ele* diz:

Geléia Indigesta,
Acha que não se empresta!

Mas vaga vazia
De quatro oferecia -

a sobra -

à cobra de sobra.

Antes de sepultar as grelhas,
Recolha o dedão.



Ela disse:

A cobra,
de sobra,
vestiu um porém.

(Um espelho lhe faz refém?)
(Ou vazio lhe é o harém?)

- Vêde, Meu Amo, não há abraço fora do tom...
só espaço!

Então eu passo.

(Oh, tédio!)

À porta do paraíso
nem rosto,nem nome,
(só fome!)
mostravam seu laço.

Ele* disse:

Refém de espelho,
Não tem harém.


Nada sobra além de si,
Só.


Não tem com quem,
à porta do paraíso,

laçar a fome,
revezar o nome,


entrar sem rosto.


Ele* aqui, um honorável e agradável Anônimo que enfrentei no blog do Carpinejar, a quem faço essa pobre - porém limpinha - homenagem.

2 comentários:

Anônimo disse...

{Obrigado (-;

Jeferson Cardoso disse...

Linda homenagem.
Jefhcardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com