18 julho 2007

hay dias e dias



Há dias que conto as horas

como se fossem pecados sucessivos.


Horas imensas,

poderosas

cheias de desesperanças.

Nos relógios nada muda

mesmo nos tic-tacs mudos

e ponteiros inexistentes

que apontam para números

que também inexistem.

O tempo, ser indelével,

incorrompível

mostra a sua crueldade

e não passa,

ou passa sorrateiro demais.

Deixa marcas,

perpetua-se,

incólume e

na memória dos distraídos

e incautos sonhadores.

Nenhum comentário: