Há dias que conto as horas
como se fossem pecados sucessivos.
Horas imensas,
poderosas
cheias de desesperanças.
Nos relógios nada muda
mesmo nos tic-tacs mudos
e ponteiros inexistentes
que apontam para números
que também inexistem.
O tempo, ser indelével,
incorrompível
mostra a sua crueldade
e não passa,
ou passa sorrateiro demais.
Deixa marcas,
perpetua-se,
incólume e
na memória dos distraídos
e incautos sonhadores.
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