11 janeiro 2007

querido diário:

Andando pela manhã, meu cérebro se enche de graça.
Hoje minhas elocubrações giraram em torno de valores, conceitos...
Valores...sempre os estou questionando. Só que peco duas vezes: uma, por questioná-los sem a "autoridade" necessária, e outra, por não tomar atitude alguma para -ao menos eu- tentar mudá-los. É fácil falar, sempre é...o que quebra as minhas pernas são os fatos cruamente e escancaradamente expostos à frente: o espelho que reflete a ogra, que faço de conta que não conheço. E a tal monstra inside, a minha porção cruel e nefasta, teima por tantas vezes fechar-se aos apelos da minha porção amorosa e bondosa.
Mas a minha caminhada matinal também me "mostra" alguns caminhos mais ensolarados. Por outras vezes, meus pensamentos são desesperadores, mas à medida que meus passos se apressam, as nuvens começam a se dissipar, abrindo espaço para iluminações. Que bom. Espero poder caminhar sempre...

- que foi, luzineide?
- ó patroa, tou pedindo as conta.
- que foi que houve?
- tou triste, patroa. a senhora num gosta mais de mim.
- de onde vc tirou isso?
- ah, tou sentino que faz um tempinho que a senhora não me pede mais nada.
- bom, eu desisti por uns tempos, só isso.
- a senhora não gosta mais da minha comida?
- não, luzineide, estou precisando emagrecer um pouco.
- mas os homens não gostam de mulher sem sustância...tem gosto prá todos os tipo de mulher.
- hum, essa é uma guerra de uma mulher só, luzineide.
- cuma?
- deixa prá lá. vai trabalhar e me deixa trabalhar.
- sim senhora.
- onde está aquela revista "Boa Forma" que eu te dei aquele dia?
- tá na pasta do patrão.
- pega ela de volta prá mim.
- mas madame...
- não discute. faz o que eu mandei.
- a senhora vai comer...aquilo?
- vou.
- aquilo não é comida de gente.
- eu sei. mas eu gosto de sofrer.
- e o que é que eu faço com aquelas bananas?
- some daqui, luzineide!
- a madame tá estressada?
- meu deus! não se fazem mais empregadas como antigamente...
- cuma?
- desliga, luzineide. vai ver se eu estou lá na esquina...
- mó...

10 janeiro 2007

parênteses I

(Ai, ai. Eu devia estar traçando paredes, janelas, salas, cozinhas...banheiros...banheiros!!!! Tenho tara por banheiros, acho. Mas tem que ser grande. Meu banheiro tem que ter até cozinha.)

Eu falei a você que escreveria tudo.

Desisti.

Mas posso muito bem voltar atrás.

Atrás.

Isso me lembrou algo.

Lembrei que por trás de tudo está uma grande vontade.

Uma vontade imensa.

Uma vontade-mutante.

Uma vontade
Que nem se sabe
Ser vontade.

Uma vontade passada.

Uma vontade futuro.


Ai, mas que vontade...

09 janeiro 2007

praticar ou não?

Ouvi recentemente de uma amiga não-recente:

- "Eu não pratico MSN."

Achei hilário! Imaginemos os seguintes diálogozinhos:

- Você pratica MSN?
- Sim.
- Só ou acompanhado?
- Gosto de praticar em duplas.
- Legal! Eu pratico tênis em duplas...
- Muito monótono.

Ou:

- Você viu o MSN que o cara fez?
- Vi! Menino, que perigo!
- Pois é. Podia matar. Deviam proibir essa coisa!
- Mas o cara pratica MSN desde bebezinho...
- É, para ele é fácil. Mas...e as crianças que estão assistindo? Vão depois querer fazer também!

Praticar MSN é coisa para poucos. Poucos imbecis, like
me.

a casa vermelha em Bento

Se eu pudesse moraria lá.

06 janeiro 2007

olha só o cabelinho!

Esse blusão foi obra minha. Adorava tricotar, aprendi com minha avó o básico...e depois foi saindo. Olha só o detalhe da gola...engraçado, não lembro dessa camisa.
Mas lembro bem do Edu e da Denise Brenner, junto a mim aí na foto. A casa era da Denise, em Tramandaí.
Eu tinha sardas!!!!

A Brasília Azul

Olha só que coisinha mais lindinha que eu era!
E olha só a pose!
Isso é um achado...é um tesouro!